quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Experimentando a Presença de Deus - Rubens Muzio

"A presença do Senhor é essencialmente redentora, curadora e consoladora"

Frank Lauback (1884-1970), um desconhecido missionário que trabalhava numa remota região muçulmana das Filipinas, experimentou seguidamente a presença de Deus em sua cabana ao pé da montanha, passando dias em jubilosa consciência da presença de Deus com orações de louvor e adoração fluindo continuamente do seu coração. Num fabuloso livreto devocional chamado O Jogo dos Minutos, Lauback sugere que os cristãos podem procurar manter Deus na mente pelo menos um segundo em cada minuto do dia. Suas cartas foram publicadas em forma de livro em Letters by a Modern Mystic (Cartas de um Místico Moderno) com frases preciosas como as seguintes:

“Qualquer pessoa pode transformar uma pequena e rude cabana em um palácio, apenas inundando-a com a presença de Deus (40). Hoje, Deus parece por trás de tudo. Eu o sinto por toda parte (44). Eu decidi manter o Senhor Todo o tempo em minha mente (49). Tente chamar Jesus para a sua mente pelo menos um segundo a cada minuto (56) Convide-o a partilhar tudo o que você faz, pensa ou diz ... Ter o Senhor na mente a cada minuto que está acordado (58). Veja quantos minutos dessa hora você pode lembrar ou tocar Cristo por pelo menos uma vez a cada minuto, quer dizer, trazê-lo para a sua mente pelo menos um segundo de sessenta segundos (58). Nenhuma prática foi melhor do que esta: a de fazer de todos os pensamentos uma conversação com o Senhor (59)”.

Logo depois dessas experiências, seu ministério se expandiu para o mundo inteiro através do programa de alfabetização: “Each One Teach One” (Cada Um Ensinando Um), usado para ensinar mais de 60 milhões de pessoas a ler em sua língua em 34 países emergentes. Foi o único missionário americano a ser honrado com a sua foto num selo de 30 cents, comemorativo dos grandes americanos, em 1984. Publicou mais de 50 livros, sendo reconhecido como um dos maiores educadores de todos os tempos. Ele conseguiu experimentar a presença de Deus mesmo em meio à agenda movimentada, estando na presença de pessoas quase que o tempo todo.

A presença do Senhor é essencialmente redentora, curadora e consoladora. Isso é muito importante terapeuticamente. Tenho encontrado muita gente e a história é parecida: elas crêem que Deus as ama, mas também desejam ser amadas pelos amigos, parentes e precisam desesperadamente da atenção dos outros. Como consequência são muitas vezes controladas pelas pressões do grupo de amigos ou pelas opções da rede social. Muitas reconhecem que têm medos diversos de rejeição social, do não ser popular, das ameaças de isolamento, da violência verbal, do bullying, da humilhação pública, e assim por diante. Embora sejam cristãs na superfície, no fundo do coração se preocupam mais com a opinião alheia, mais o que os outros dizem e pensam. Preocupados excessivamente com a auto-estima e tentando agradar ao máximo, damos ouvidos as vozes intrusas que se alimentam das nossas fraquezas. Crescemos com medo de ser rejeitados, ridicularizados ou expostos, de não ser convidadas para a festa, de ser ignorados na roda de colegas e dificilmente dizemos não quando deveríamos fazê-lo. Como fazer a vontade de Deus em meio a comunidades que reverenciam a opinião de poucos, mostram favoritismo, honram alguns em detrimento de outros? Talvez sua história seja semelhante.

Reconheçamos que o Senhor está pessoalmente presente nas nossas vidas. Façamos um esforço deliberado para reconhecer e experimentar a pessoa do Espírito em cada instante da vida. Movamo-nos em direção à luz da sua presença em nossa consciência e psique. Abramos a mente e compartilhemos todos os nossos pensamentos e planos (definidos e automáticos) com Ele. Andemos constantemente durante o dia em relacionamento de comunicação e comunhão com o Senhor Jesus através da Palavra. Mas acima de todas as estratégias devocionais, devemos praticar a presença de Deus a fim de alcançarmos a realidade do conhecimento de Deus.

Fonte: SEPAL

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sucesso Exige Lidar com Pressões - Por Robert D. Foster

Como você lida com as pressões do dia a dia, as demandas, exigências e dificuldades que confrontamos no decorrer de um típico dia de trabalho? Existe um dito popular que diz: “A vida não seria tão ruim se não fossem as pessoas”. Uma afirmação paralela poderia ser: “O trabalho não seria tão ruim, se não fossem as pressões”. 

Como exemplo consideremos a história surpreendente de Ervin Nyiregyhaz, húngaro de nascimento. Aos 2 anos de idade Ervin já extraia melodias de seu piano de brinquedo e aos 3 demonstrava afinação perfeita. Aos 4 escrevia suas próprias composições musicais. Ele tocou com a Sinfônica de Berlim aos 12 anos e aos 15 se apresentou diante dos reis da Noruega. Aos 17 fez uma aparição histórica no Carnegie Hall em Nova Iorque. Algumas das maiores autoridades em música do mundo começaram a compará-lo a Mozart. 

Porém, com vinte e poucos anos, ele misteriosamente desapareceu. Era como se tivesse desaparecido da face da terra. Durante anos ninguém soube o que havia se tornado aquele maravilhoso e único prodígio musical. 

Se consultarmos a lista dos maiores pianistas do mundo, não vamos encontrar nela Ervin Nyiregyhaz. Muitos pianistas consagrados jamais ouviram falar dele. Aos 75 anos Ervin reapareceu em São Francisco, Califórnia, privado de recursos, vivendo num hotel barato e dando concertos gratuitos no edifício de uma pequena igreja afastada. Ele admitiu ter 700 composições preservadas em microfilme, mas nenhuma fora publicada. Nessa idade finalmente ele sentou-se ao piano e começou a gravar sua música para a posteridade, frequentemente tocando seleções pela primeira vez, 55 anos após tê-las escrito.

“O que aconteceu com o Ervin?”, você pode perguntar. Ele simplesmente não soube lidar com as pressões do cotidiano. Pressão do casamento e relacionamentos; tensão emocional do mundo da música; o imenso peso do sucesso e da fama; tudo isso cobrou um preço mental e emocional, que o levou a abandonar tudo e desaparecer. Na Bíblia, o apóstolo Paulo usa a palavra grega “thlipis” que significa “pressão sob estresse físico e emocional”. Era esse o termo usado para descrever “o esmagamento da uva para extrair suco”. 

Aparentemente o magnífico pianista Ervin acreditava que tinha que lidar com suas pressões sozinho. Os seguidores de Cristo têm uma abordagem diferente. Paulo escreveu: “...Nos alegramos nos sofrimentos, pois sabemos que os sofrimentos produzem paciência, a paciência traz a aprovação de Deus e essa aprovação cria esperança. Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo que ele nos deu” (Romanos 5.3-4). 

Pessoas, empreendimentos e causas nobres são arruinados mais por falta de paciência do que por falta de habilidade, conhecimento e energia. Quando perdemos a paciência, perdemos fé em Deus, em nós mesmos e nos outros. Impaciência gera desânimo, levando o homem tanto para atividades mal avaliadas quanto para apatia entorpecente. 

A Bíblia nos oferece este alerta: “Entregue os seus problemas ao Senhor, e ele o ajudará; ele nunca deixe que fracasse a pessoa que lhe obedece” (Salmos 55.22). 

Próxima semana tem mais!


Texto adaptado de "The Challenge" (O Desafio), escrito e publicado por Robert D. e Rick Foster, devidamente autorizado pelos autores. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)


MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2009 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL -  E-mail: liong@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês, italiano e japonês.


Somos contra o SPAM na rede e em favor do direito à privacidade. Esta mensagem não é considerada SPAM, pois o remetente está identificado, o conteúdo claramente descrito e com a opção de exclusão de seu e-mail. Para exclusão do seu nome de nossa lista de mailing , por favor, envie um email para liong@cbmc.org.br escrevendo "REMOVER" no campo de assunto.


Questões Para Reflexão ou Discussão

1.    Como você reage à pressão? Você é mais produtivo e eficiente quando se encontra sob pressão ou ela faz com que você se sinta desanimado, ineficiente ou até mesmo desmoralizado?
2.    Qual é a maior pressão com a qual você tem que lidar regularmente?
3.    Você já enfrentou um problema – circunstância avassaladora em sua vida – que o tentou a abandonar tudo como Ervin fez? Se estiver enfrentando algo assim neste momento, não desista. Busque ajuda!
4.    Faz sentido para você a sugestão de Paulo para nos “regozijarmos em tribulações e problemas”? Por quê?
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas ao tema, sugerimos: Isaías 41.10; Mateus 11.29-30; Filipenses 4.6-9; II Timóteo 1.7; Tiago 1.2-5; 1Pedro 5.7. 
Para assinar ou cancelar - http://cbmc.org.br/mana.htm

O Barbeiro

(Recebi este material de um amigo e achei interessante, pena que não sei quem é o autor...)

Certo dia um florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo. Após o corte perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro repondeu:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O florista ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista.

Mais tarde no mesmo dia veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O padeiro ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro.

Naquele terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo. Novamente, ao pedir para pagar, o barbeiro disse:
- Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.
O deputado ficou feliz e foi embora.
No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo .

Essa história ilustra bem a grande diferença entre os cidadãos do nosso país e os políticos que o administram.

"POLÍTICOS E FRALDAS DEVEM SER TROCADOS COM FREQÜÊNCIA PELO MESMO MOTIVO!"

domingo, 18 de setembro de 2011

Não Existem Perguntas Tolas - Rick Warren

Saber quais as perguntas certas a fazer são duas das mais importantes habilidades a desenvolver para se ser bem-sucedido na vida, seja no trabalho, no lar ou em qualquer outra área pessoal. 

·         Sem fazer perguntas não podemos fazer distinções.
·         Se não fizermos distinções não podemos tomar decisões.
·         Se não tomarmos decisões não poderemos agir.
·         Se  não agirmos poderemos fracassar!

Ao contrário da opinião popular, fazer perguntas é sinal de inteligência. Quanto maior for a inteligência, maior a probabilidade de investigar, refletir e questionar. Sempre se está buscando aprender, compreender e crescer. E não existem perguntas tolas. Tolice é não perguntar e buscar esclarecimento quando não entendemos alguma coisa. Quando permitimos que a preocupação com nossa imagem - “Devo aparentar que sei tudo” - tenha prioridade sobre o aprendizado, isto é tolice!

Will Rogers, humorista e observador da vida, disse certa vez: “Todo mundo é ignorante, embora em diferentes assuntos!”  De modo similar, por termos tido diferentes experiências, podemos aprender uns com os outros se formos sábios o bastante para fazer as perguntas certas. 

A Bíblia diz: “Os pensamentos de uma pessoa são como água em poço fundo, mas quem é inteligente sabe como tirá-los para fora”(Provérbios 20.5).  O modo de extrair sabedoria de outras pessoas é fazendo perguntas. Existem vários tipos de perguntas. Aqui vai uma amostra do tipo de pergunta que podemos fazer:

·         Perguntas para exercitar a mente: O que aconteceria se...? Existe uma maneira melhor?  
·         Perguntas que definem: Qual é a questão real aqui?
·         Perguntas investigativas: Quais são os fatos? O que precisamos saber?
·         Perguntas que resolvem problemas: Quais são as maneiras de superarmos isto? 
·         Perguntas que estabelecem prioridade: O que é mais importante?
·         Perguntas cautelosas: O que há de errado com esta ideia?
·         Perguntas catalisadoras: O que nós vamos fazer agora?

Os grandes professores compreendem que fazer perguntas é uma das mais eficientes ferramentas de ensino. Se você é supervisor, administrador, vendedor ou pai, tente esta abordagem: ao invés de dizer que você está procurando liderar, ou o que acha que elas devem fazer, envolva suas mentes fazendo-lhes perguntas. Faça-as pensar e busque conduzi-las às ações que você acha que devem adotar.

Se quiser se tornar um mestre nisso, pegue uma Bíblia e leia os primeiros quatro livros do Novo Testamento (os Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João).  Enquanto lê, sublinhe todas as perguntas que Jesus fez. Ninguém foi mais eficiente que Jesus no uso de perguntas para treinar, liderar, ensinar, inspirar e encorajar. Para aprender a fazer alguma coisa bem feita é preciso aprender com o Melhor! 

Próxima semana tem mais!

Texto de autoria de Rick Warren , escritor e conferencista, autor do best-seller "The Purpose-Drive Life" (Uma Vida Com Propósitos), traduzido em várias línguas através do mundo. Usado com a devida permissão. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)
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MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2008 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL -  E-mail: liong@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês.

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Questões Para Reflexão ou Discussão

1.    O autor escreve sobre a importância de se fazer perguntas. Você é bom nisso? As pessoas geralmente lhe perguntam coisas? 
2.    Em sua opinião, por que as pessoas relutam em fazer perguntas mesmo que sejam válidas e valham a pena ser feitas?
3.    Geralmente você faz perguntas para as pessoas que conhece para extrair algo de sua sabedoria e experiência?
4.    Você é capaz de recordar qual a maior e mais importante pergunta que você já fez?
Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Provérbios 11.14; 13.13-14; 15.12,22; 19.27; 24.5-6; Mateus 16.13-20. 

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Lições que só Deus Ensina - Pr. Russell Shedd

Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Salmo 90:12)

A vida é uma escola. Ela nos ensina a ser espertos, calcular riscos, a investir para receber mais e especialmente a cuidar de nós mesmos. Mas não é exatamente isso que o Salmo 90.12 recomenda. Esta peça poética de Moisés concede preciosas lições a todos os que perceberam que somos mal orientados se não buscarmos instrução do Senhor. Uma vez que o profeta foi inspirado por Deus, estamos certos de que essa orientação não pode ser encontrada em nenhuma outra escola. Isaías prometeu (e Jesus repetiu) que Deus ensinaria aos que seriamente desejassem matricular-se em Sua escola (Is 54,13; Jo 6,45).

É uma oração que articula este pedido: Ensina-nos a contar nossos dias. O tempo não pára. Ele passa. Alguns se preocupam com o envelhecimento somente quando os anos já se passaram. Não ouviram a advertência do Pregador: Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias (...) (Ec 12.1). Os dias desperdiçados são justamente os que não trouxeram nenhuma lição sábia ao coração. Mesmo que a maioria dos homens despreze a instrução que vem do Criador, o fiel servo pede, insistentemente, que Deus o ensine o que tem importância eterna.

A educação secular valoriza informação e inteligência. Quem sabe mais pode resolver problemas mais eficientemente e, assim, tem vantagem. As escolas se interessam mais por matricular os melhores alunos. As universidades de elite despejam seus formandos nas profissões, nas indústrias, nos laboratórios e nos altos escalões do governo. Os benefícios financeiros são invejáveis. A sociedade reputa mais feliz quem desfruta mais privilégios neste mundo globalizado que promove e enriquece seus melhores jogadores. Valores secundários, tais como distribuição justa de renda, cuidado especial dos marginalizados e esquecidos têm menos importância. E nem se fala da busca do Reino de Deus em primeiro lugar.

Mas o lado negativo dessa corrida à busca do conhecimento e das vantagens materiais coroa seus corredores mais bem sucedidos, como já foi descrito por um dos seus mais famosos adeptos: Mark Twain, escritor americano. Ele utilizou seu extraordinário talento para escrever livros há mais de cem anos. Suas obras são conhecidas e apreciadas por milhões de crianças e de adultos. Declarou esse ateu em sua autobiografia: “O único presente não envenenado que a vida concedeu é a morte”.

No Salmo 90, Moisés pede que Deus nos ensine a (...) contar os nossos dias para alcançar um coração sábio. Consideremos alguns elementos chaves nessa oração: Primeiro, somente Deus conhece quantos dias restam da nossa vida. A certeza da morte é inegável. Igualmente certo é o fato de que ninguém sabe em que dia ela virá. Deus, nosso Professor Supremo, conhecedor de todas as coisas, marca a carga horária na escola da vida. Ele é quem assina o diploma ou reprova os alunos.

Segundo, os melhores alunos pedem a ajuda de Deus para evitar o desperdício do tempo. Dias não-contados referem-se a dias não-aproveitados, horas em que nada se fez ou não se aprendeu nada de valor. Nenhuma palavra de encorajamento emanou da boca e nenhuma influência sadia impediu alguém de ir em direção a Deus.
O homem que quer aprender a sabedoria de Deus avalia tudo à luz da eternidade.

Terceiro, o objetivo das lições de Deus visa alcançar um coração sábio. Ele mostra o caminho e motiva seus servos a progredir nessa direção. Revelou sua infalível Palavra para ser luz e lâmpada para os pés dos que andam nos caminhos sinuosos deste mundo.

Quarto, indagaremos sobre o que quer dizer “coração sábio”. Estas palavras têm um paralelo na mensagem de Paulo: Não cessamos de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual. (Cl 1.9). Se Deus nos ensina clara e inconfundivelmente Sua vontade, não ficaremos mais presos à cegueira que baseia suas decisões no acaso de loteria. Infinitamente melhor é escolher sob a direção daquele que conhece o futuro tão plenamente como o passado (Rm 8.14). Sabedoria quer dizer inteligência que enxerga bem, além do horizonte desta vida curta e insegura. Escolher de acordo com a orientação bíblica permite ao servo ecoar as palavras do famoso missionário David Brainerd no limiar da morte. “Não teria vivido a minha vida diferentemente do que vivi por nada neste mundo”. Jim Elliot, inspirado pela sabedoria de Brainerd, foi morto por uma lança dos selvagens aucas no Equador, em 1956. Disse o mártir: “Não é tolo quem deixa o que não se pode reter para alcançar o que não se pode perder”.

Quem, além de Deus, pode ensinar a um filho de Adão essa realidade? Ninguém nasce sábio. Pecadores buscam prazer e sucesso com uma visão curta. Não olham além da morte física, enquanto o homem que quer aprender a sabedoria de Deus avalia tudo à luz da eternidade. Paulo disse que, se recebermos sabedoria e entendimento espiritual, devemos viver (...) de modo digno do Senhor, para o seu inteiro agrado (Cl 1, 10). Uma definição de pecado destaca precisamente esse aspecto
- desagradar a Deus agindo de maneira indigna do Pai que nos gerou pelo Seu Santo Espírito.

Moisés percebeu a importância de se alcançar sabedoria. Durante quarenta anos foi instruído em tudo o que havia de melhor da sabedoria humana. Matou o egípcio que maltratava um israelita. Foi uma decisão aparentemente inteligente, mas não sábia. Depois fugiu para Midiã onde teve tempo para as aulas de Deus. Por quarenta anos foi adquirindo sabedoria do alto que lhe serviu tão bem durante os últimos anos do governo do Povo Escolhido. Mesmo sendo Moisés um servo humilde, Deus o escolheu para conduzir Israel, tirando-o do Egito até a Terra Prometida e para escrever os primeiros cinco livros da Bíblia. Foi esse mesmo Moisés que escreveu o Salmo 90 e gravou esse pedido de ajuda para contar os seus dias de modo que alcançasse a sabedoria. Dias são desperdiçados porque não os contamos como preciosas pérolas que podem ser trocadas por sabedoria do alto. O Salmo 90.12 aponta na direção de verdadeiro sucesso. Pedir a instrução do Criador infinito em poder e sabedoria é o único meio de chegarmos ao fim da vida felizes e bem-sucedidos aos olhos de Deus. Para se viver bem, no mundo e no céu, sabedoria do alto (Tg 3.17) é tudo! Jonathan Edwards sabia que a sabedoria celestial valia mais que dinheiro ou fama. Ele e sua santa mulher tiveram setecentos e vinte e nove descendentes. Dessa família surgiram trezentos pregadores, sessenta e cinco professores universitários, treze reitores de universidades, sessenta autores de bons livros, dois deputados do congresso americano e um vice-presidente do país. Que explicação única haveria para um fenômeno como a família de Edwards, senão a busca de um coração sábio vindo de Deus e a valorização do tempo que o Senhor lhe concedeu?

domingo, 4 de setembro de 2011

Nova Perspectiva Sobre Trabalho - Robert J. Tamasy

O “Dia do Trabalho” foi criado, em parte, como reconhecimento da importância da mão-de-obra especializada e seu resultado no desenvolvimento das nações. Por isso, não deixa de ser irônico que o “Dia do Trabalho” seja “dia de folga”!

Geralmente se refere a trabalho em termos pouco apaixonados. Para alguns é um “mal necessário”. Outros o consideram como algo a ser suportado durante os dias úteis, esperando impacientemente pelo fim de semana, quando poderão ficar em casa ou fazer o que bem entenderem. Um amigo costumava dizer: “Eu amo o trabalho; posso me sentar e ver pessoas trabalhando o dia inteiro”.  Traduzindo: trabalho é ótimo, quando é outra pessoa a realizá-lo. Esse tipo de atitude é infeliz, já que nega as virtudes inerentes ao trabalho e ao trabalhador. 

É interessante notar que a maioria dos aspectos positivos do trabalho pode ser encontrada no Livro que trata das realidades da vida cotidiana – a Bíblia. Eis um pouco do discernimento que ela oferece:

Trabalho proporciona maneira produtiva para se gastar tempo e energia. Realisticamente, se não tivéssemos que trabalhar, como gastaríamos as 24 horas que temos todos os dias, quando não estamos comendo ou dormindo? Muita satisfação deriva de trabalho bem feito. “Para o homem não existe nada melhor do que comer, beber e encontrar prazer em seu trabalho...” (Eclesiastes 2.24). 

Trabalho capacita ao uso de talentos, habilidades e dons inatos. Cada um de nós é equipado com exclusividade para diferentes tipos de trabalho. Somos habilitados a fazer coisas que outros não podem fazer. “Eu Te louvo (Deus) porque me fizeste de modo especial e admirável...” (Salmos 139.14). “Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo... (I Coríntios 12.12).

Trabalho proporciona meio de suprir nossas necessidades. Há em nossa sociedade reivindicação crescente dos direitos a que fazemos jus. Mas a verdade é que o mundo não nos deve nosso sustento. Como adultos, devemos arcar com as responsabilidades de prover nossas necessidades e satisfazer nossas obrigações financeiras. “Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente” (I Timóteo 5.8). 

Trabalho capacita a servir aos outros. Quer estejamos vendendo computadores, curando enfermidades, lecionando, escrevendo um livro, construindo uma casa, plantando alimentos ou consertando uma máquina, o que fazemos pode melhorar e muito a vida de outras pessoas. “...Certamente vocês se lembram do nosso trabalho esgotante e da nossa fadiga; trabalhamos noite e dia para não sermos pesados a ninguém, enquanto lhes pregávamos o evangelho de Deus” (I Tessalonicenses 2.9). 

Trabalho honra a Deus. Quando trabalhamos, reconhecemos Deus como Fonte de tudo – de nosso intelecto, nossas habilidades, até mesmo nossa motivação.  Trabalhando, podemos honrar a Deus.“Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus... Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens...É a Cristo, o Senhor que vocês estão servindo” (Colossenses 3.17, 23-24). 

Próxima semana tem mais!


Texto de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA.  Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)


MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2009 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL -  E-mail: liong@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês, italiano e japonês.



Questões Para Reflexão ou Discussão
1. Qual sua atitude em relação ao trabalho: positiva ou negativa?

2. Em sua opinião, porque o trabalho geralmente provoca reações negativas? Quais os aspectos mais desafiadores e frustrantes do seu trabalho?

3. Como você poderia mudar sua abordagem quanto ao trabalho a fim de torná-lo mais significativo e agradável? Você acha isso possível? 

4. Que pensamentos lhe ocorreram ao ler os princípios e afirmações sobre trabalho extraídos da Bíblia e apresentados aqui?

Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Provérbios 10.4-5; 12.11,24; 18.9; 22.29; 27.18; 1Coríntios 3.8-9.