sábado, 3 de novembro de 2012

Qual o Tamanho de Deus?

Um garoto perguntou ao pai: Qual o tamanho de Deus?

Então ao olhar para o céu o pai avistou um avião e perguntou ao filho: Que tamanho tem aquele avião?

O menino disse: Pequeno, quase não dá para ver.

Então o pai o levou a um aeroporto e ao chegar próximo de um avião perguntou:

E agora, qual o tamanho desse? O menino respondeu: Nossa pai, esse é enorme!

O pai então disse: Assim é Deus, o tamanho vai depender da distância que você estiver dele.

Quanto mais perto você está dele, maior Ele será na sua vida!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Grandes Líderes Comunicam Grande Visão - Por Rick Boxx

Quando minha filha Megan disse que queria ser terapeuta ocupacional, não compreendi sua vocação ou o que tal trabalho envolvia. Isso foi antes de visitar o programa para formação de terapeutas ocupacionais do Centro Médico da Universidade do Kansas. 

A diretora do programa, após cumprimentar os pais e potenciais alunos, informou-nos que o trabalho do terapeuta ocupacional é “descobrir os sonhos do paciente e ajudá-lo a vencer os desafios para realizar esses sonhos”. 

Não havia como não ficar maravilhado com a poderosa imagem do impacto que um terapeuta ocupacional exerce. A diretora mostrou ser uma líder sábia. Ela poderia ter descrito as obrigações diárias e detalhar as atividades do terapeuta ocupacional. Ao invés disso ela inspirou os alunos com uma visão desafiadora, conquistando o apoio de pais entusiasmados com o papel significativo que seus filhos poderiam desempenhar na vida das pessoas. 

Encontramos exemplos bíblicos desse princípio de inspirar seguidores com uma grande visão de futuro quando  Deus disse a Moisés: “Portanto, dê ordens a Josué, fortaleça-o e encoraje-o; porque será ele que atravessará à frente deste povo, e lhes repartirá por herança a terra que você apenas verá” (Deuteronômio 3.28). Deus não estava apenas atribuindo uma tarefa a Josué: Ele estava comunicando-lhe uma visão para liderar os israelitas. 

Um líder sábio inspira outros com uma visão maior e mais importante do que as responsabilidades específicas que envolvem suas tarefas. É a história do pedreiro que assentava um grande bloco de granito, trabalhando com uma grande equipe de construtores na Europa. Quando alguém que passava lhe perguntou o que estava fazendo, ele respondeu: “Estou construindo uma catedral!”  Esse pedreiro tinha visão!

O desafio para nós, lideres, é comunicar essa visão, capacitando pessoas a verem seu trabalho como maior do que elas próprias. Isso começa por nós: não podemos dar o que não possuímos. Assim, nós mesmos precisamos ter uma visão maior antes de passá-la para outros. Por isso fiquei tão impressionado com o que faz um terapeuta ocupacional.

Profissionalmente gastamos tanto tempo focados no tema central nos esforçando para obter lucros, que deixamos escapar a visão maior. Em sua empresa, você conhece os produtos e serviços que fornece. Mas qual é sua visão? Como seu negócio pode fazer diferença positiva e significativa na vida das pessoas que toca? Eis aqui dois exemplos bíblicos: 

Deixe claro o objetivo. Quando Jesus inicialmente abordou Seus futuros discípulos, precisava convencê-los a deixar seu costumeiro trabalho como pescadores. Ele simplesmente lhes descreveu o seu novo trabalho: “Sigam-Me, e Eu os farei pescadores de homens” (Mateus 4.19). 

Informe como vidas podem ser transformadas. Perto do final de Seu ministério terreno Jesus Cristo deixou claro aos Seus seguidores o que esperava que fizessem: “Vão e façam discípulos de todas as nações... ensinando-os a obedecer a tudo o que Eu lhes ordenei...”  (Mateus 28.19-20). 

Próxima semana tem mais!
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Rick Boxx é presidente e fundador da "Integrity Resource Center", escritor internacionalmente reconhecido, conferencista, consultor empresarial, CPA, ex-executivo bancário e empresário. Adaptado, sob permissão, de "Momentos de Integridade com Rick Boxx", um comentário semanal acerca de integridade no mundo dos negócios, a partir da perspectiva cristã. Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)
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MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2008 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL -  E-mail: liong@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês.
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Questões Para Reflexão ou Discussão 
1.    Como seria sua reação se, como pai, fosse você a ouvir a descrição do que faz um terapeuta ocupacional?
2.    Como na história do pedreiro, você já foi desafiado a ver seu trabalho de modo mais amplo e não apenas suas responsabilidades?
3.    Sua empresa transmite uma visão maior do que você deve buscar como parte da unidade corporativa?
4.    Quais os desafios de transmitir uma grande visão aos liderados e fazer que a abracem com entusiasmo? 

Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Isaías 60.22; Jeremias 29.11; 33.3; Mateus 17.20; Lucas 17.6; Atos 1.8; 2Timóteo 2.2,15. 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Segredo

Olá
Recebi de um amigo e não tinha o autor. Se alguém souber, por favor me avise para que faça os devidos créditos.
Obrigado

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Segredo
"Uma mulher que trabalhava num banco havia muitos anos, caiu em desespero.
Estava tão depressiva que poderia ter um esgotamento nervoso.
Seu médico, buscando um diagnóstico, lhe perguntou:
- Como se chama a jovem que trabalha ao seu lado no banco?
- Cíntia, respondeu ela, sem entender.
- Cíntia do quê?
- Eu não sei.
- Sabe onde ela mora?
- Não.
- O que ela faz?
- Também não sei.
O médico entendeu que o egoísmo estava roubando a alegria daquela pobre mulher.
- Posso ajudá-la, mas você tem que prometer que fará o que eu lhe pedir.
- Farei qualquer coisa! Afirmou ela.
- Em primeiro lugar, faça amizade com Cíntia.
Convide-a para jantar em sua casa.
Descubra o que ela está almejando na vida, e faça alguma coisa para ajudá-la.
- Em segundo lugar, faça amizade com seu jornaleiro e a família dele, e veja se pode fazer alguma coisa para ajudá-los.
- Em terceiro, faça amizade com o zelador de seu prédio e descubra qual é o sonho da vida dele.
- Em dois meses, volte para me ver.
Ao fim de dois meses, ela não voltou, mas escreveu uma carta sem sinal de melancolia ou tristeza.
Era só alegria!
Havia ajudado Cíntia a passar no vestibular.
Ajudou a cuidar de uma filha doente do jornaleiro.
Ensinou o zelador a ler e escrever, pois era analfabeto.
"Nunca imaginei que pudesse sentir alegria desta maneira!", escreveu ela.
Os que vivem apenas para si mesmos, nunca encontrarão a paz e a alegria, pois somos chamados por Deus para ser benção na vida dos outros.
Você já conhecia este segredo?
Pense nisso.. ."

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A família na época Pós-moderna

A pós-modernidade está firmada sobre o tripé: pluralização, privatização e secularização. A pluralização diz que há muitas ideias, muitos valores, muitas crenças. Não existe uma verdade absoluta, tudo é relativo. A privatização diz que nossas escolhas são soberanas e cada um tem sua própria verdade. A secularização, por sua vez, coloca Deus na lateral da vida e o reduz apenas aos recintos sagrados. A família está nesse fogo cruzado. Caminha nessa estrada juncada de perigos, ouvindo muitas vozes, tendo à sua frente muitas bifurcações morais. Que atitude tomar? Que escolhas fazer para não perder sua identidade? Quero sugerir algumas decisões:
Em primeiro lugar, coloque Deus acima das pessoas. No mundo temos Deus, pessoas e coisas. Vivemos numa sociedade que se esquece de Deus, ama as coisas e usa as pessoas. Devemos, porém, adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. A família pós-moderna tem valorizado mais as coisas do que o relacionamento com Deus. Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter do que o ser. Uma sociedade que se prostra diante de Mamom e se esquece do Deus vivo.

Em segundo lugar, coloque seu cônjuge acima de seus filhos. O índice de divórcio cresce espantosamente no Brasil. Enquanto os véus das noivas ficam cada vez mais longos, os casamentos ficam cada vez mais curtos. Um dos grande erros que se comete é colocar os filhos acima do cônjuge. Muitos casais transferem o sentimento que devem dedicar ao cônjuge para os filhos e isso, fragiliza a relação conjugal e ainda afeta profundamente a vida emocional dos filhos. O maior presente que os pais podem dar aos filhos é amar seu cônjuge. Pais estruturados criam filhos saudáveis.

Em terceiro lugar, coloque seus filhos acima de seus amigos. Muitos pais vivem ocupados demais, correm demais e dedicam tempo demais aos amigos e quase nenhum tempo aos filhos. Alguns pais tentam compensar essa ausência com presentes. Mas, nossos filhos não precisam tanto de presentes, mas de presença. Nenhum sucesso profissional ou financeiro compensa o fracasso do relacionamento com os filhos. Nossos filhos são nosso maior tesouro. Eles são herança de Deus. Equivocam-se os pais que pensam que a melhor coisa que podem fazer pelos filhos é deixar-lhes uma rica herança financeira. Muitas vezes, as riquezas materiais têm sido motivo de contendas na hora da distribuição da herança. Nosso maior legado para os filhos é nosso exemplo, nossa amizade e nossa dedicação a eles, criando-os na disciplina e admoestação do Senhor.

Em quarto lugar, coloque os relacionamentos acima das coisas. Vivemos numa ciranda imensa, correndo atrás de coisas. Muitas pessoas acordam cedo e vão dormir tarde, comendo penosamente o pão de cada dia. Pensam que se tiverem mais coisas serão mais felizes. Sacrificam relacionamentos para granjearem coisas. Isso é uma grande tolice. Pessoas valem mais do que coisas. Relacionamentos são mais importantes do que riquezas materiais. É melhor ter uma casa pobre onde reina harmonia e paz do que viver num palacete onde predomina a intriga.

Em quinto lugar, coloque as coisas importantes acima das coisas urgentes. Há uma grande tensão entre o urgente e o importante. Nem tudo o que é urgente é importante. Não poucas vezes, sacrificamos no altar do urgente as coisas importantes. Nosso relacionamento com Deus, com a família e a com a igreja são coisas importantes. Relegar esses relacionamentos a um plano secundário para correr atrás de coisas passageiras é consumada tolice. A Bíblia nos ensina a buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, sabendo que as demais coisas nos serão acrescentadas. Precisamos investir em nosso relacionamento com Deus e em nossos relacionamentos familiares, a fim de não naufragarmos nesse mar profundo da pós-modernidade!

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Hernandes Dias Lopes é Pastor da Igreja Presbiteriana de Vitória-ES, e escreve em seu blog pessoal. Divulgação: Púlpito Cristão.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A Semente do Sucesso

A Semente do Sucesso

Por Autor Desconhecido


Um empresário bem-sucedido sabia que era tempo de escolher um sucessor para liderar seus negócios. Ao invés de designar um dos diretores ou um de seus filhos, ele reuniu os jovens executivos de sua empresa e lhes disse: “Chegou o momento em que devo escolher o próximo CEO. Decidi escolher um de vocês”. 

Os jovens executivos ficaram surpresos, mas o CEO continuou: “Eu vou dar a cada um de vocês uma semente hoje – uma semente muito especial. Plantem-na, reguem-na e daqui a um ano tragam-me o que vocês cultivaram a partir dessa semente. Eu vou julgar as plantas que vocês me trouxerem e escolher o próximo CEO”. 

Um deles, Jaime, entusiasmado, contou o plano à esposa. Ela o ajudou a encontrar um vaso, terra e adubo e plantou a semente. Todos os dias, ele a regou e observou para ver seu crescimento. Em pouco tempo os executivos começaram a falar sobre suas plantas que começavam a crescer. 

Jaime continuou a checar sua semente, mas nada germinava. Passaram-se semanas e nada. Todos os outros falavam de suas plantas, mas Jaime não fizera a sua germinar e sentia que tinha fracassado. Seis meses se passaram e nada ainda surgira no seu vaso. Ele concluiu que tinha matado sua semente, mas não disse nada aos colegas. 

Ele continuou a regar e adubar o solo e queria desesperadamente que a semente germinasse. Quando findou o ano, os executivos foram instruídos a levar suas plantas para serem inspecionadas pelo CEO. Jaime disse à esposa que se recusava a levar um vaso sem nada, mas ela insistiu para que ele fosse honesto sobre o que tinha acontecido. Seria o momento mais embaraçoso por que ele já passara, mas ele sabia que a esposa estava certa.

Jaime levou seu vaso sem planta para a sala de reunião. Quando chegou, a variedade de plantas que os outros executivos tinham cultivado o deixaram surpreso. Eram lindas e de vários formatos e tamanhos. Quando colocou seu vaso sem planta no chão, muitos de seus colegas riram.

O CEO chegou e Jaime tentou se esconder no fundo da sala. “Ora, que plantas, árvores e flores maravilhosas vocês cultivaram”, disse o CEO. “Hoje um de vocês será designado o novo CEO!”  Foi então que ele notou Jaime e o convidou para ir à frente com seu vaso sem planta. 

Jaime estava apavorado. “O CEO sabe que sou um fracasso! Talvez ele vá me despedir!”- pensou. O CEO perguntou o que acontecera com sua semente. Jaime explicou que, apesar de seus esforços, nada germinara. O CEO voltou-se para o grupo e mandou que todos se sentassem, menos Jaime. E olhando para ele, anunciou: “Olhem para o seu novo CEO! Seu nome é Jaime!”

O CEO, então, explicou: “Há um ano eu dei a cada um desta sala uma semente. Eu lhes disse para plantá-la, regá-la e trazê-la de volta após um ano. Mas eu dei a todos vocês sementes que tinham sido fervidas; não era possível que germinassem. Todos vocês, exceto Jaime, trouxeram plantas e flores saudáveis. Quando descobriram que a semente não germinava, vocês a substituíram por outra.  Jaime foi o único com coragem e honestidade para me apresentar um vaso com a minha semente. Portanto, ele será o único a ser escolhido o novo CEO”.

Alguém disse: "Se você plantar honestidade, colherá confiança. Se plantar humildade, colherá grandeza. Se plantar perseverança, colherá satisfação. Se plantar trabalho duro, colherá sucesso. Se plantar perdão, colherá reconciliação. Se plantar fé, colherá uma safra. Portanto, seja cuidadoso com o que planta hoje; isso determinará o que você colherá amanhã". 

"A pessoa honesta anda em paz e segurança, mas a desonesta será desmascarada" - Provérbios 10.9 

"As pessoas direitas são guiadas pela honestidade. A perversidade dos falsos é a sua própria desgraça" - Provérbios 11.3

Próxima semana tem mais!    


Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de J. Sergio Fortes (fortes@cbmc.org.com)


MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2009 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL -  E-mail: liong@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês, italiano e japonês.


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Questões Para Reflexão ou Discussão

1.    Enquanto você lia esta parábola, que pensamentos lhe vieram à mente?

2.    Você acha que o plano do CEO para achar seu sucessor foi justo e sábio?

3.    O que você teria feito no lugar de Jaime?  

4.    O final deste Maná inclui uma lista de vários traços de caráter que podem ser plantados para produzir certo tipo de colheita. Que qualidades você pode plantar para que sejam benéficas no seu meio profissional ou empresarial? 

Desejando considerar outras passagens da Bíblia relacionadas com o tema, sugerimos: Provérbios 11.2; 12.17,19; 16.11; 18.12; 19.5;  21.6; 22.4; 24.26; 25.6-7; Hebreus 13.17-18.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Reflexão - Solilóquio, uma conversa no espelho

A marca distintiva da sociedade contemporânea é a superficialidade. Somos rasos em nossas avaliações. Falta-nos reflexão. Falta-nos introspeção. Estamos atarefados demais e cansados demais para examinarmo-nos a nós mesmos. Corremos atrás de coisas e perdemos relacionamentos. Sacrificamos no altar das coisas urgentes, as coisas que de fato são importantes. Como muito bem afirmou George Carlin, num artigo sobre o paradoxo do nosso tempo: “Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Falamos demais, amamos raramente e odiamos frequentemente. Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à lua, mas temos dificuldade de cruzar a rua e encontrar um novo vizinho. Conquistamos o espaço sideral, mas não o nosso próprio espaço. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito. Construímos mais computadores para armazenar mais informação, mas nos comunicamos cada vez menos. Estamos na era do fast-food e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias. Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados”.
Solilóquio é conversar consigo mesmo. É olhar nos olhos daquele que vemos no espelho e enfrentá-lo sem subterfúgios. É entrar pelos corredores da alma e não escapar pelas vielas laterais. É lidar com o nosso mais difícil interlocutor. É falar com o nosso mais exigente ouvinte. A introspecção, porém, é uma viagem difícil de fazer. Olhar para dentro é mais difícil do que olhar para fora. É mais fácil falar para uma multidão do que conversar com a nossa própria alma. É mais fácil exortar os outros do que corrigir a nós mesmo. É mais fácil consolar os aflitos, do que encorajar-nos a nós mesmos. É mais fácil subir ao palco e pregar para um vasto auditório do que conversar com aquele que vemos diante do espelho.
O salmista, certa feita, estava muito triste e percebeu que precisava endereçar sua voz não para fora, mas para dentro. Então disse: “Por que estás abatida ó minha alma? Por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu” (Sl 42.11). É preciso dizer à nossa alma que a tristeza não vai durar para sempre. Devemos levantar nossos olhos e saber que Deus está no controle da situação, ainda que agora isso não seja percebido pelos nossos sentidos. Devemos proclamar, em alto e bom som para nós mesmos, que o louvor e não o gemido; a alegria e não o choro é que nos esperam pela frente. Não nos alarmemos com nossas angústias; consolemo-nos com as promessas de Deus.
Não basta reflexão, é preciso introspecção. Não basta falarmos aos outros, precisamos falar a nós mesmos. Não basta lançarmos mão do diálogo, precisamos de solilóquio. O salmista, disse certa feita: “Volta minha alma ao teu sossego, pois o Senhor tem sido generoso para contigo” (Sl 116.7). Muitas vezes, ficamos desassossegados, quando deveríamos estar em paz. Curtimos uma grande dor na alma, quando deveríamos estar experimentando um bendito refrigério. E por que? Porque deixamos de pregar para nós mesmos. Deixamos de exortar nossa própria alma. Deixamos de fazer viagens rumo ao nosso interior. Deixamos de conversar diante do espelho. Deixamos o solilóquio. É preciso alertar, entretanto, que o solilóquio só é saudável, quando estamos na presença de Deus, quando nossa esperança está em Deus, quando encontramos em Deus nosso refúgio e fortaleza, quando podemos dizer como o salmista: “Espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu”.


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Fonte: Palavra da Verdade. Divulgação: Púlpito Cristão

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Passos Firmes na Estrada - Por Vladimir Sales

 


Olhei para uma estrada e vi. Vi um homem que a passos firmes seguia. Por vezes diminuiria o ritmo, mas os passos eram sempre firmes. Seu olhar não se fixava num único lugar. Olhava para traz, para os lados, para frente e para cima, num movimento constante. Por vezes fechava os olhos, num gesto de recuperação do fôlego. Percebi o porquê dos olhares. Havia uma multidão a sua frente que, em algum momento se distanciava, mas sempre ao alcance dos seus olhos. Ele olhava para traz para ver se alguém não ficara pelo caminho. Olhava para os lados, para ver se algum descuidado não caíra nas valas da vida. Ao olhar para cima, balbuciava algumas palavras, não era para ver alguém, mas para falar com alguém. As palavras, dirigidas ao Pai, era para interceder e, em algum momento para pedir forças e sabedoria.

Ao voltar o olhar para frente, sorria, como que obtendo uma resposta alentadora. Muitos da multidão olhava para traz, para ter a certeza de que seu pastor estava lá, felizes, ao cruzarem os olhares.

Muitas vezes o via conversando, aconselhando, chorando, sorrindo, beijando, pregando, ensinando, exortando, ouvindo, pensando, abraçando. Muitas vezes, se percebia, lutando com alguma demanda, mas sempre sereno.

Passou um tempo, alguém olhou e não o viu, gritando: “Onde está o nosso pastor?” A multidão parou e chorou a ausência do amado condutor. A resposta veio do alto em meio ao vento forte: “Eu o tomei para mim.” A voz era do Pai, que emendou uma promessa: “Não temas, EU estou com vocês”.

“Pastor Moisés, sua vida foi um exemplo. Sua partida deixou para mim o desejo de ser mais fiel. Se eu queria chegar ao céu, agora muito mais. As suas pegadas serão seguidas por uma multidão. Esforçarei-me para ser seu imitador, como você foi de Cristo”.

Vladimir Sales Pereira